Viva Talentos Humanos


Mentir no currículo é fraude e pode virar crime

 

Aumentar ou incluir informações falsas no currículo pode virar crime. O projeto de lei do deputado Carlos Bezerra (PMDB/MT) tramita pela Câmera dos deputados e já recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania, o que quer dizer que nada de inconstitucional foi encontrado em seu texto. Caso aprovado, a pena para os infratores poderá variar entre dois meses e dois anos de reclusão.

O presidente da comissão de direito trabalhista da OAB de São Paulo, Eli Alves da Silva, vê o projeto com bons olhos. Segundo ele, uma vez que um candidato se apresenta a um possível empregador de maneira formal, por meio de um currículo, qualquer informação que induza ao erro pode ser considerada como falsidade. “Como sociedade organizada, devemos nos preocupar com a moralidade dessas relações”, argumenta ele.

Além disso, segundo o advogado, caso esse tipo de comportamento não seja coibido, infratores serão favorecidos, enquanto candidatos honestos serão deixados de lado.

Iracema de Andrade, diretora de operações da empresa de recursos humanos Viva Talentos, de São Paulo, afirma que a maioria dos currículos que chegam até seus profissionais não contem mentiras, mas imprecisões. De acordo com ela, o candidato deixa de especificar a duração de cursos e experiências anteriores e também avalia o próprio nível em idiomas e informática de maneira diferente do mercado. “O currículo deve ser exato e completo, sem deixar de ser sucinto”, aconselha Iracema.

“Para garantir a veracidade das informações e completar o que o currículo não deixou claro, o candidato é perguntado sobre sua formação, suas habilidades e suas experiências em cada etapa dos processos seletivos”, conta ela. Os interessados pela vaga devem falar sobre seus projetos com riqueza de detalhes, deixando claro qual foi a sua contribuição para trabalho. Geralmente, é nesse momento que um candidato mentiroso é pego.

Incoerências entre o que o candidato fala e seu currículo são suficientes para descartá-lo, especialmente quando o entrevistador percebe que não se trata de um erro inocente por falta de atenção, mas de uma mentira premeditada.

A veracidade dos dados dos candidatos também é checada por meio de documentos, como a carteira profissional, diplomas e certificados.

Segundo Iracema, o prejuízo das mentiras atinge empresa e candidato. A primeira perde dinheiro e tempo para contratar e entrosar um novo empregado que pode não estar pronto para responder às suas exigências e terá que ser desligado. O segundo fica com a imagem manchada em tempos que a ética é uma das características mais valorizadas por recrutadores. Além disso, sofre com um desgaste emocional por não conseguir desempenhar suas tarefas e se preocupa com uma possível demissão.

Fonte: Maria Alice Rangel – Portal da Band – 27/09/2010 Disponível em: http://www.band.com.br/jornalismo/emprego/conteudo.asp?ID=100000350177

Em: 29/9/2010

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