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Atualização é chave para não ser substituído por alguém mais novo

 

A maioria dos profissionais que está há mais tempo no mercado de trabalho tem certo receio em ser substituído por alguém mais novo, que está saindo agora da faculdade, cheio de novidades. Como evitar esse tipo de situação?

Segundo o sócio-diretor da empresa de educação profissional Alfamídia, Marco Boaventura Valério, há um ambiente de incerteza e insegurança, principalmente para as pessoas que estão fora da geração Y, formada por pessoas nascidas entre 1970 e 1990. “A pessoa mais velha tem que aproveitar a presença do jovem. Saber que nunca deixará de aprender, que não sabe tudo.”

Segundo os profissionais ouvidos pelo iG Carreiras, o principal segredo da longevidade na carreira é a disposição do funcionário de buscar sempre se atualizar sempre, acompanhando as novidades. “Não existe mais aquilo de ‘no meu tempo era diferente’. O tempo de todo mundo é agora”, afirma Gabriel França de Carvalho, diretor-geral do Grupo Scama, agência de publicidade e propaganda.

Na opinião de Valério, é necessário ter um autoconhecimento razoável, saber identificar suas limitações e se abrir para o novo. O problema, acredita ele, é aquele profissional que imagina que sabe tudo. “Você começa a ficar vulnerável e tem muita dificuldade em aceitar opiniões e visões que os jovens colocam.”
Carvalho defende que um profissional mais experiente sempre tem muitas vantagens. “Ele conhece a empresa e o mercado. O único risco é o da atualização.”

Marlene Ortega, diretora executiva da Universo Qualidade, empresa de projetos em gestão de pessoas, analisa que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo. Por isso, é preciso que o profissional faça reflexões constantes para saber o que precisa para ser sempre desejado pelo mercado.

Substituição

Quando os profissionais pensam em substituição, a primeira coisa que vem a cabeça é fazer uma especialização, “empilhar conhecimento”. Entretanto, Valério afirma que as pessoas têm que se entender melhor. “Isso sim vai evitar que você seja substituído. O importante é estar aberto para o novo.”
As empresas procuram pessoas flexíveis, disposta a mudanças e com um pensamento crítico. “Claro que conhecimento técnico e especializações são importantes. Mas não são essenciais”, ressalta Valério. Para ele, o profissional tem que ser capaz de transitar em diferentes ambientes.

Segundo Marlene, é necessário se preparar para o futuro. “Não adianta ter um ótimo currículo se você não está atualizando e acompanhando as tendências o mercado.” Para ela, é necessário que o se conheça um pouco de tudo, principalmente, tecnologia, economia e gestão. “Além disso, o profissional tem que reconhecer que os relacionamentos estão cada vez mais importantes. É preciso que ele faça um check list das competências que o mercado está pedindo.”

Por mais barato que seja, o custo para trocar um funcionário mais velho por um mais novo acaba sendo muito alto. Segundo Carvalho não se pode ver o custo de um funcionário pelo seu salário. “Uma pessoa mais nova você tem que treinar, deixar alguém supervisionando, ensinar tudo. Você acaba gastando muito mais do que o salário.”

Como evitar

O profissional deve encarar as mudanças a sério e nunca achar que o que está acontecendo é “bobagem”. “As coisas mudam e todos têm que se atualizar. Cursos e especializações ajudam você se manter no emprego, mas, se deixar passar as novidades, você acaba ficando vulnerável”, diz Valério.
Valério, de 58 anos, conta que tenta assimilar tudo que os jovens têm para oferecer. “Quero descobrir a qualidade deles, aprender. Entrar em uma disputa não vai me levar a lugar algum. Não vejo sentido para isso.”

Ele aconselha que os profissionais mais velhos façam uma reflexão para entender que não se deve ter medo dos mais jovens que estão entrando agora no mercado. “Tem que participar e agregar a experiência com o que há de novo nos jovens.” Na sua opinião, se não descobrir o gosto pelas novidades, ouvir os mais jovens, ter essa curiosidade, aí sim a permanência do profissional sênior na empresa pode ficar inviável.

“Independente da idade, o mercado de trabalho quer pessoas que ofereçam resultados”, afirma Marlene. Por isso, tanto jovens como pessoas mais velhas tem que se encaixar no que o mercado pede. Não adianta querer se garantir pela idade.

Patrícia Lucena, iG São Paulo disponível em:  http://economia.ig.com.br/carreiras/atualizacao+e+chave+para+nao+ser+substituido+por+alguem+mais+novo/n1238008773802.html

Em: 28/3/2011

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