Jovem estuda mais antes de enfrentar o mercado
O aumento dos salários e o número maior de vagas oferecidas no mercado de trabalho no ano passado não foram suficientes para afastar o jovem da escola.
Em 2010, os jovens entre 15 e 17 anos corresponderam a 18,9% do total da população empregada ou buscando emprego. Foi a menor taxa desde 2003, quando essa faixa etária equivalia a 26% da população economicamente ativa.
Os dados fazem parte de levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que os adolescentes estão priorizando a formação, passando mais anos na escola e adiando a entrada no mercado de trabalho.
Outro indicador dessa tendência, também de acordo com dados do IBGE, é o aumento no percentual dos adolescentes que declaram só estudar: de 39% em 1992 para 65% em 2009. Na outra, ponta, os que só trabalham passaram de cerca de 25% para pouco mais de 6%.
Prioridade
“A melhora da renda familiar ajuda a explicar, mas a percepção da importância e dos retornos da educação é mais relevante”, disse à Folha de S.Paulo o economista Jorge Arbache, da Universidade de Brasília.
Segundo ele e outros especialistas ouvidos, a principal causa da mudança é a valorização da educação, pois o mercado de trabalho está cada vez mais concorrido.
Mas a melhora da renda das famílias nos últimos anos também conta, pois permite que os pais financiem os filhos por mais tempo. Esses, por sua vez, podem adiar a procura de trabalho.
O levantamento do IBGE foi realizado em seis regiões metropolitanas: São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre.
Os dados indicam que a menor participação juvenil na economia começou a se acentuar em 2008.
Fonte: http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?id=14,96187
Em: 13/5/2011
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